O que você vai ler aqui:
Uma das principais razões para o aumento das dívidas pessoais é a falta de disciplina e autocontrole. As pessoas tendem a gastar tudo o que ganham e mais um pouco, se possível! Assim os recursos acabam e começa o desespero: Socorro!!! Como pagar as minhas dívidas pessoais?
Sempre gosto de lembrar de um amigo de trabalho que ao ser perguntado sobre suas reservas financeiras respondia em alto e bom som: “graças a Deus eu gasto tudo o que ganho!”
Neste post vamos conversar um pouco sobre endividamento e como é possível sair dele e voltar a ter uma vida normal.
Vamos nessa?
O Endividamento
É óbvio que quem vive desta maneira um dia “pagará” por isso….literalmente.
O endividamento por si só não uma coisa ruim. Podemos utilizar um certo nível de endividamento ou alavancagem para conseguir conquistar alguns objetivos.
O problema surge quando nos endividamos sem controle e para conquistar objetivos chamados fúteis como roupas ou eletrônicos (que não sejam ativos necessários para desempenhar uma atividade que trará algum ganho).
Sim meus amigos, 99,9% dos endividamentos começam com pequenas coisas. Não se engane, aquele sapato lindo, a bolsa de dar inveja, o jantar…Tudo isso quando somado, pode acabar trazendo um desequilíbrio mortal para as suas contas.
É preciso entender que quem se endivida no chamado curto prazo vai pagar um preço pela sua satisfação imediata (juros) e isso pode se tornar uma bola de neve, haja visto que quase sempre a modalidade escolhida é o cartão de crédito (navalha) ou pior ainda, o cheque especial.
Nem tudo está perdido
Mas calma, as solução para problemas deste tipo podem ser mais fáceis de resolver do que a maioria das pessoas pensa. Basta um pouco de organização e força de vontade.
O investimento mais seguro, melhor e mais rentável é o que você faz em você! É valor e não preço.
Mas sem mais enrolação, vamos a um passo a passo simples e direto para você resolver de uma vez por todas a bagaça que você se enfiou.
Qual é o tamanho do seu problema?
O primeiro passo para a o reequilíbrio da sua vida financeira é reservar algum tempo para analisar a situação. Você tem que saber qual é o tamanho do “rombo”.
Reúna todos os seus papagaios: carnês, faturas do cartão de crédito e comprovantes de outros tipos de dívidas. Não se esqueça dos pré-datados nem das dívidas feitas com amigos e familiares.
Preparar-se para dar um passo atrás (sacrifício)
Prezados, é muito importante nesta hora ser realista. Conseguir sair do buraco não é tarefa fácil. Principalmente se você fez muita besteira e o rombo nas contas for “respeitoso”.
Faça cortes imediatamente no que for supérfluo na sua vida, não há outra solução.
Tenha sempre prioridades de pagamento
Depois de descobrir o tamanho do buraco que você se meteu, chega o momento de priorizar quais são os débitos a serem pagos. Para isso é preciso separar as dívidas que são mais importantes. Podemos priorizá-las da seguinte maneira:
- Em primeiro, devem ser pagas aquelas dívidas cujos serviços estão para ser cortados ou bens a serem confiscados;
- Em segundo, as dívidas mais caras, ou seja, aquelas que cobram juros mais altos.
Até que todas as dívidas estejam quitadas, siga este procedimento religiosamente sem excessões.
Negocie sempre
Faça uma proposta para cada tipo de dívida. Use como base as condições concretas de pagamento.
Não adianta negociar algo que você não vai conseguir cumprir. Seja realista; proponha e aceite somente o que você planejou, ou seja, o que caberá no seu novo orçamento.
Entretanto, lembre-se que os seus credores estão interessados em receber o dinheiro e estarão dispostos a entrar em um acordo.
Escolha a melhor linha para quitação
Pesquise as taxas de juros dos bancos. Muitas vezes compensa fazer um empréstimo pessoal e quitar as dívidas. Veja também a transferência de dívidas entre bancos (veja esse artigo).
É possível conseguir transferir suas dívidas de um banco para outro as vezes por condições e taxas melhores. Analise e compare.
Limpe o seu nome
Quem possui muitas dívidas, invariavelmente acaba com o nome “sujo”. Não demore em regularizar sua situação assim que renegociar ou quitar seus débitos.
Na negociação já coloque como uma das premissas a limpeza do seu nome no pagamento da primeira parcela ou na quitação de uma parte do débito.
Segundo o CDC (Código de Defesa do Consumidor) é obrigação do credor que colocou seu nome na lista, retirá-lo em até cinco dias após a quitação.
Finalizando
E por fim e não menos importante, aprenda a planejar sua vida financeira. Não cometa o mesmo erro novamente. Comece a gastar menos do que você ganha.
Tente guardar de 10% a 20% daquilo que você recebe mensalmente em uma aplicação financeira. Use a regra 50-35-25.
E não se esqueça, pague você primeiro. Ao receber sua receita (salário, aluguel, aposentadoria) separe o valor estabelecido para você (aplicação) antes de pagar os “outros”.