5 dicas para reduzir, de forma saudável, os custos nas pequenas empresas

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5 dicas para reduzir, de forma saudável, os custos nas pequenas empresas

Sistema de Gestão Financeira para MEI e Pequenas Empresas de Serviço

Manter sobre controle gastos nas pequenas empresas pode ser a diferença entre continuar o negócio ou fechar as portas. Sobretudo em tempos de vacas magras, como em crises econômicas, é fundamental entender quais despesas estão pressionando o seu caixa e se como é possível reduzi-las.

Acredite, quase sempre é possível reduzir ou simplesmente eliminar muitos gastos da empresa!

Muito cuidado na hora de cortar!

Ter os custos mapeados e sobre controle não é tarefa fácil. É preciso disciplina e às vezes uma lupa para saber onde é possível cortar. Aliás, esse é um dos principais erros ao se falar sobre esse tema. Muitas vezes o corte é feito de forma impulsiva e sem conhecimento, acarretando efeitos colaterais que podem ser piores ainda para a empresa.

Algumas perguntas simples podem ser feitas sobre o custo a ser eliminado ou reduzido, a fim de minimizar o erro:

– afeta o que?
– qual o impacto na receita?
– quanto representa esse custo em relação ao total da receita da empresa?
– como foi a evolução histórica desse elemento de custo ao longo dos últimos meses?
– prejudica ou compromete a operação?
– quanto vai representar o corte no resultado final?


Essas simples perguntas podem te ajudar a tomar decisões mais acertadas. Aumentando as chances de ser mais eficaz no corte gastos. 

Agora, é claro que ao tomarmos a decisão de cortar ou reduzir um gasto exista a expectativa de um aumento nas margens e consequentemente no lucro. Perfeito!

Entretanto, cortar gastos é apenas um dos passos para se equilibras as finanças. Você obterá resultados melhores combinando outras ações importantes e que não devem ser esquecidas. Tais como:

  1. Precificar corretamente seus produtos/serviços
  2. Manter um Ciclo financeiro equilibrado
  3. Controlar a sua margem de contribuição


Com tudo isso equilibrado o corte de custos nas pequenas empresas será potencializado gerando não só economia, como a possibilidade de reinvestimento no negócio. Afinal ao liberarmos mais recursos podemos injetar a sobra na empresa gerando mais competitividade.

Custo é como unha; tem que ser cortado sempre!
Beto Sicupira


Mas então, como fazer isso de forma saudável sem gerar impactos negativos? Reduzir custos nas pequenas empresas pode ser feito com atitudes relativamente simples e os resultados podem ser rapidamente percebidos.

Assim, confira essas 5 dicas e veja como aplicá-las no seu pequeno negócio.



Dica #1 – Desenvolva os controles financeiros

Você não vai conseguir saber se um custo é “bom” ou “ruim” sem antes organizar os seus controles financeiros. Fica muito difícil descobrir por exemplo; qual foi a evolução do gasto ou quanto representa em relação a receita. Por isso, o primeiro passo é estruturar as receitas e despesas em um relatório chamado fluxo de caixa. A partir daí será possível elaborar os relatórios gerenciais como a DRE para enxergar, dentro do contexto da operação, os gastos que podem ser alvos de revisão.

Deixo aqui uma ressalva quanto a utilização do fluxo de caixa como forma de se avaliar receitas e despesas. É fato que como o fluxo de caixa e obtido pelo regime de caixa, sua utilização para a análise de custos e despesas pode levar ao erro. Ou seja, o relatório de fluxo de caixa é incompetente para essa análise.

Custos e despesas devem ser obrigatoriamente analisados pelo regime de competência, regime esse utilizado nos relatórios gerenciais.



Dica #2 – Revise e avalie periodicamente os gastos

Já disse algumas vezes que para gerenciar as finanças de uma empresa é preciso ter disciplina. Por isso, manter os gastos mapeados e revisados periodicamente, certamente irá revelar alguns “ralos” de dinheiro que podem estar escondidos em algum canto escuro da empresa. Encontre esses ralos e tampe todos!



Dica #3 – Organizes os processos

Chamamos de processos a forma como são desenvolvidas as atividades na empresa. Dentro do departamento financeiro, temos como exemplo: contas a pagar, a receber, emissão de NF, etc.

A empresa precisa mapear e descrever esses processos para verificar se existe alguma atividade que pode ser eliminada ou otimizada. Algumas vezes estes processos possuem etapas desnecessárias ou gargalos, exigindo por exemplo: mais pessoas para ser executado. Esse colaborador a mais pode elevar em muito o gasto da operação. Fazer esse mapeamento pode elevar a produtividade (tempo) trazendo até mesmo mais satisfação para o seu cliente, além é claro, de gerar uma boa economia.



Dica #4 – Estruture as compras

Uma vez perguntaram ao Sr. Samuel Klein fundador das Casas Bahia qual era o segredo do sucesso. Basicamente ele respondeu que o segredo era…comprar bem. Algo simples e que deveria ser normal nos processos da empresa.

Mas o que é comprar bem? Podemos dizer que a boa compra possui três características básicas:

  1. Comprar o que se pode vender (giro);
  2. Negociar o máximo possível
  3. Prazo de ressuprimento

Se a empresa não possui o controle de estoque apurado, não conseguirá saber quais são os seus produtos de giro. Além disso, perderá o poder de negociação já que na maioria das vezes, terá que comprar às pressas para repor o estoque.

Estoque não vendido é capital de giro parado. Comprar com eficiência pode além de economizar alguns milhares de reais, liberar capital de giro para a empresa.



Dica #5 – Renegocie contratos periodicamente

É comum o pequeno empresário manter uma “parceria” duradoura com os seus fornecedores. Eu diria comum e saudável até determinado ponto.

Muitas vezes nos acomodamos com isso e deixamos de verificar como anda o mesmíssimo produto ou serviço fornecido por outras empresas.

Sair da zona de conforto, principalmente quando temos alguém que já conhece o nosso negócio, não é fácil. Aliás, é preciso ter muito cuidado para não trocar seis por coisa nenhuma.

Está avaliação deve ser feita com muito critério, afinal a qualidade do produto/serviço fornecido é tão ou mais importante que o preço.

Se for um fornecedor estratégico para o seu negócio então, os cuidados devem ser redobrados.

Mas se você chegou a conclusão que a mudança pode ser feita sem muitos riscos para o negócio, vamos em frente!

Periodicamente (3, 6 ou 12 meses. Isso depende da empresa), separe os seus principais fornecedores. Faça uma curva ABC. Quais 20% deles representam 80% dos seus gastos?

Feito isso, parta para uma cotação no mercado dos itens fornecidos por estes 20%. É possível que existam novas empresas fornecendo esse mesmo produto/serviço a um preço mais competitivo, ou mesmo, uma nova solução desconhecida quando da contratação em vigor.

Caso exista, por exemplo, um fornecedor com condições similares e menor preço, faça uma renegociação com seu fornecedor “parceiro”. Exponha a situação e peça um realinhamento de preços. Normalmente será melhor mantê-lo em uma nova negociação, do que mudar radicalmente. Mas se tiver de fazê-lo, faça! A economia pode ser bastante significativa nestes casos!



Resumindo

É preciso ficar claro que o controle de custos nas pequenas empresas é um processo contínuo e infinito. Sempre existe espaço para melhorias; seja com produtividade ou com o surgimento de novas tecnologias.

O que não pode acontecer de forma alguma, é a acomodação e o desleixo com os controles financeiros. Jamais perca o controle ou duvide dos benefícios do corte de custos para a sua empresa.

Mantenha os gastos necessários e corte sem piedade todo o resto! Muita atenção principalmente, com os gastos fixos. Se possível, transforme-os em variáveis. Assim sua empresa será menos afetara por exemplo a uma queda de vendas ou a uma crise econômica. Ok?

E se você está tendo dificuldades para controlar os seus gastos, entre em contato com a Consultei. Nós somos especialistas em ajudar a implantar as gestão financeira nas pequenas empresas.

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Décio Muniz

Empreendedor e Gestor Financeiro. Possui longa experiência em funções gerenciais dentro de diversas empresas. É especializado em Gestão e Finanças por duas das melhores escolas de negócio do país: Ibmec e FGV. Em 2017 fundou a Consultei seguindo o seu desejo de ajudar as pequenas empresas a se desenvolverem através da organização e controle da Gestão Financeira.
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